Contato Improvisação: Um estudo Etnográfico
DOI:
https://doi.org/10.22199/S07187475.2010.0001.00002Abstract
O Contato Improvisação é uma técnica corporal que nasceu nos EUA na década de 70. Nesta dança os praticantes são levados a concentrar-se no próprio movimento e na percepção de como interagem no contato físico com o outro. O objetivo deste artigo consiste em investigar uma das comunidades na cena do Contato Improvisação em Brasília e em identificar como a prática dessa dança participa da corporeidade dos praticantes. A metodologia empregada é a qualitativa de cunho etnográfico. Este método proporciona uma descrição cultural, evoca uma realidade participativa, por meio do diálogo com os entrevistados. Muitas das entrevistas expressam o impacto da atividade do Contato Improvisação nos estilos de vida dos praticantes, o que me permitiu produzir reflexões acerca dos modos de vida no contexto da modernidade-líquida. Os relatos, de modo geral, manifestam a busca pela atividade como uma tentativa de resgatar o contato corporal entre as pessoas, perdido na vida cotidiana e aprimorar a consciência corporal. Identifiquei no grupo uma comunidade formada por maneiras culturalmente elaboradas de atenção ao corpo, que decorrem da prática desta técnica corporal. Concluo destacando como a prática dessa dança colabora no processo de subjetivação dos integrantes, contribuindo para formas específicas de estar no mundo.
ABSTRACT
The Contact Improvisation is a body technique born in the U.S.A. in the 70s. It is based on body’s listening where the dancers concentrates on the movement, the physical contact perception and the interaction with others dancers. The main objective of this paper is to research the community of Contact Improvisation in Brasília, and to understand in which ways dancing transforms the practitioner’s embodied selves. The methodology used is the ethnography. This method provides a cultural description, evokes a participatory reality through dialogue with the interviewees. Many of the interviews reflect the impact of the Contact Improvisation’s activity in the practitioner’s life style, which allowed me to do some reflections about the ways of life in liquid-modernity contexts. The reports showed that people usually looked for Contact Improvisation as an attempt to rescue the body contact lost between them in everyday life. I identified at this group a community formed by culturally developed ways of attention to the body as a result of this technique practice. It was concluded by emphasizing how the practice of this dance influences the way students percepts themselves, contributing with specific forms of being in the world.
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