Para que serve o Serviço Móvel de Urgência:

representações sociais de possíveis usuarios.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22199/S07187475.2018.0003.00002

Palavras-chave:

Emergências, Psicologia Social, Pesquisa Qualitativa, Serviços Médicos de Emergência

Resumo

Objetivo: atender potenciais usuários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência no sul de Minas Gerais. Método: Pesquisa de representação social, qualitativa, exploratória e descritiva, realizada com 50 cidadãos selecionados por conveniência em locais públicos. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada, gravada em áudio e posteriormente transcrita. Para a organização dos dados e análise, utilizou-se o método do discurso coletivo do sujeito baseado na Teoria das Representações Sociais. Resultados: as representações obtidas foram "serviço de urgência rápida"; "A ambulância resgata pessoas"; "O mesmo que o bombeiro", "Uma entidade do governo que ajuda as pessoas" e "nada". No que diz respeito à função de serviço, foram identificadas as seguintes ideias centrais: "Ajuda em caso de acidente ou alguém que adoece". "Levar para o hospital" e "não sei". Conclusão: as representações referem-se ao senso comum sobre sistemas de saúde e atendimento de emergência. Não há clareza sobre o tipo de serviço prestado pelo Serviço Médico de Emergência móvel. A ênfase é colocada na necessidade de medidas educacionais para reconhecer adequadamente as funções do serviço, a fim de proporcionar uma melhor organização da demanda no contexto das redes de saúde.

Biografia do Autor

Carolline de Faria Cordeiro Alves, Universidade Federal de Alfenas.

Escola de Enfermagem.

Bruna Melo de Oliveira, Universidade Federal de Alfenas.

Escola de Enfermagem.

Murilo César do Nascimento, Universidade Federal de Alfenas.

Escola de Enfermagem.

Silvana Maria Coelho Leite Fava, Universidade Federal de Alfenas.

Escola de Enfermagem.

Rogério Silva Lima, Universidade Federal de Alfenas.

Escola de Enfermagem.

Referências

Abreu, K. P., Pelegrini, A. H. W., Marques, G. Q., & Lima, M. A. D. S. (2012). Percepções de urgência para usuários e motivos de utilização do serviço de atendimento pré-hospitalar móvel. Revista Gaúcha de Enfermagem, 33(2), 146-152. Recuperado de: <http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v33n2/21.pdf>.

Almeida, P. M. V., Dell'Acqua, M. C. Q., Cyrino, C. M. S., Juliani, C. M. C. M., Palhares, V. C., & Pavelqueires, S. (2016). Análise dos atendimentos do SAMU 192: Componente móvel da rede de atenção às urgências e emergências. Escola Anna Nery, 20(2), 289-295. Recuperado de: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141481452016000200289&lng=en.

Alves, M., Rocha, R. L. P., Rocha, T. B., & Gomes, G.G. (2010). Percepções de usuários sobre o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Belo Horizonte. Ciência, Cuidado e Saúde, 9(3), 543-551. Recuperado de: <http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/10273/664.

Araújo, M. T., Alves, M., Gazzinelli, M. F. C., & Rocha, T. B. da. (2011). Representações sociais de profissionais de unidades de pronto atendimento sobre o Serviço Móvel de Urgência. Texto & Contexto Enfermagem, 20(esp), 156-163. Recuperado de: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v20nspe/v20nspea20.pdf>

Bosson, N., Redlener, M. A., Foltin, G. L., Raven, M. C., Foran, M. P., & Wall, S. P. (2013). Barriers to utilization of pre-hospital emergency medical services among residents in Libreville, Gabon: A qualitative study. African Journal of Emergency Medicine, 3(4), 172-177. Recuperado de: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2211419X1300013X>.

Cecilio, L. C. O., Andreazza, R., Carapinheiro, G., Araújo, E. C., Oliveira, L. A., Andrade, M. G. G., . . . Spedo, S. M. (2012). A Atenção Básica à Saúde e a construção das redes temáticas de saúde: qual pode ser o seu papel? Ciência & Saúde Coletiva, 17(11), 2893-2902. Recuperado de: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232012001100006&lng=em>.

Crowe, R. P., Levine, R., Rodriguez, S., Larrimore, A. D., & Pirrallo, R. G. (2016). Public perception of Emergency Medical Services in the United States. Prehospital and Disaster Medicine, 31(Supl.1), 112-117. Recuperado de: <https://www.cambridge.org/core/journals/prehospital-and-disaster-medicine/article/public-perception-of-emergency-medical-services-in-the-united-states/299CF4864F878FE9A799938A5289885F>.

Gomide, M. F. S., Pinto, I. C., & Figueiredo, L. A. (2012). Acessibilidade e demanda em uma Unidade de Pronto Atendimento: perspectiva do usuário. Acta Paulista de Enfermagem, 25(2), 19-25. Recuperado de: <http://www.scielo.br/pdf/ape/v25nspe2/pt_04.pdf>.

Greffet, A., Rouillard, A., Ek, F., Borgne, N., Szmajer, M., Sauval, P., & Carli, P. (2007) Démarche qualité en médecine d’urgence: évaluation du ressenti de la population prise en charge à domicile par le Samu de Paris. Journal Européen des Urgences, 20 (3), 106-112. Recuperado de: <http://www.sciencedirect.com/science/ article/pii/S0993985707006619>.

Lefevre, F. & Lefevre, A. M. C. (2012). Pesquisa de representação social: um enfoque qualiquantitativo. (2a ed). Brasilia: Liber Livro.

Lefevre, F., Lefevre, A. M. C, & Teixeira, J. L. V. (Orgs). (2000). O discurso do sujeito coletivo: uma nova abordagem metodológica em pesquisa qualitativa. Caxias do Sul: EDUCS.

Machado, C. V., Salvador, F. G. F., & O’Dwyer, G. (2011). Serviço de Atendimento Móvel de Urgência: análise da política brasileira. Revista de Saúde Pública, 45(3), 519-58. Recuperado de: <http://www.scielo.br/pdf/rsp/v45n3/2335.pdf>.

Malta, D. C., Bernal, I. T. R., Mascarenhas, M. D. M., Monteiro, A. R., Sá, B. N. N., Andrade, A. C. S. S., . . . Neto, M.L.Q. (2012). Atendimentos por acidentes de transporte em serviços públicos de emergência em 23 capitais e no Distrito Federal – Brasil , 2009. Epidemiologia e serviços de saúde, 21(1), 31-42. Recuperado de: <http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/ess/v21n1/v21n1a04.pdf>.

Ministério da Saúde. Portaria nº 1.863, de 29 de setembro de 2003. (2003). Institui a Política Nacional de Atenção às Urgências. Brasília, DF: Autor.

Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. (2013). Manual instrutivo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências no Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília: DF: Autor

Moscovici, S. (1978). A representação social da psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar.

Moscovici, S. (2015). O fenômeno das representações sociais. In Moscovici, S. Representações sociais: investigações em psicologia social. (pp. 29-110). Petrópolis: Vozes.

O’Dwyer, G., Konder, M. T., Reciputti, L. P., Macedo, C., & Lopes, M. G. M. (2017). O processo de implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência no Brasil: estratégias de ação e dimensões estruturais. Cadernos de Saúde Pública, 33(7), e00043716. Doi: <https://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00043716>.

Pires, M.R.G.M., Göttems, L.B.D., Cupertino, T.V., Leite, L.M., Vale, L.R., Castro, M.A., . . . Mauro, T.G.S. (2013). A Utilização dos Serviços de Atenção Básica e de Urgência no SUS de Belo Horizonte: problema de saúde, procedimentos e escolha dos serviços. Saúde e Sociedade, 22(1), 211-222. Recuperado de: <http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v22n1/19.pdf>.

Prion, S. & Adamson, K. A. (2014). Making Sense of Methods and Measurement: Rigor in Qualitative Research. Clinical Simulation in Nursing, 10(2), 107-108. Recuperado de: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1876139913001072>.

Reuter, P.G., Marx, J.S., Linval, F., Vivien, B., Akodad, H., Guinemer, S., . . . Lapostolle, F. (2015) Impact of the January 11 National March on the calls received at the emergency medical services centers (SAMU) in Seine-Saint-Denis and Paris. La Presse Médicale, 44(6) Parte 1, 677-680. Doi: <http://dx.doi.org/10.1016/j.lpm.2015.03.009>.

Santos, C. A. S. & Santo, E. E. (2014). Análise das causas e consequências da superlotação dos serviços de emergências hospitalares: uma revisão bibliográfica. Saúde e Desenvolvimento, 5(3), 31-44. Recuperado de: <http://www.grupouninter.com.br/revistasaude/index.php/saudeDesenvolvimento/article/view/187/210>.

Torres, S. F. S., Belisário, S. A., & Melo, E. M. (2015). A Rede de Urgência e Emergência da Macrorregião Norte de Minas Gerais: um estudo de caso. Saúde e Sociedade, 24(1), 361-373. Recuperado de: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010412902015000100361&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>

Veronese, A. M., Oliveira, D. L. L. C., & Nast, K. (2012) Risco de vida e natureza do SAMU: demanda não pertinente e implicações para a enfermagem. Revista. Gaúcha de Enfermagem, 33(4), 142-148. Recuperado de: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472012000400018&lng=em>.

Zani, A. V., Marcon, S. S., Tonete, V. L. P. & Parada, C. M. G. L. (2014). Communicative process in the emergency department between nursing staff and patients: social representations. Online Brazilian Journal of Nursing, 13(2), 139-149. Recuperado de: <http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/4036/pdf_113>.

Publicado

2019-01-04

Como Citar

Cordeiro Alves, C. de F., Melo de Oliveira, B., do Nascimento, M. C., Coelho Leite Fava, S. M., & Silva Lima, R. (2019). Para que serve o Serviço Móvel de Urgência:: representações sociais de possíveis usuarios. Salud & Sociedad, 9(3), 222-234. https://doi.org/10.22199/S07187475.2018.0003.00002

Edição

Seção

Artículos

##plugins.generic.recommendByAuthor.heading##